Produtor
Onda Peculiar Lda
Sinopse
Um mundo cheio de espaços vazios, aquele que vivemos. Somos traçados por espectros da memória, num diálogo com aquilo que pode ser um futuro próximo. Neste território de montanhas e memórias vive alguém que desenha a sua sombra nos espaços por descobrir, que desloca pedras por uma palavra.
Chama-se Maria e é uma mulher do Vale do Neiva, alguém que viveu num espaço frio e apático, agora o seu sangue é revolução e transformação: mutação. O espetáculo “Quem fui, hoje” é uma viagem pela artificialidade do tempo, pela modelação das narrativas construídas e reveladoras do que pode ser uma consciência coletiva, um espaço de todos para todos.
Uma performance que surge a convite do programa de serviço educativo do triciclo, que juntou o artista multidisciplinar João Gigante, conhecido como Phole no mundo da música, para trabalhar num espetáculo original com o Teatro de Balugas, grupo cénico amador radicado na freguesia de Balugães, Barcelos.
João Gigante e o Teatro de Balugas vão desenvolver, em residência artística, um momento artístico que será apresentado no Theatro Gil Vicente, criado numa lógica de experimentação e cruzamento disciplinar.
João Gigante, natural de Viana do Castelo, é autor de trabalhos desde a fotografia, ao vídeo, à sonoplastia, à instalação e ao desenho. Desenvolve também projetos de cariz musical onde se destaca o projeto Phole. Colabora com Ao Norte onde é também coordenador da Oficina de Fotografia. Atualmente é docente na área do audiovisual (área científica de Artes, Design e Humanidades) na Escola Superior de Educação do IPVC.
Já o Teatro de Balugas é uma das mais ativas companhias de teatro amador do país, contando com atuações em vários pontos da Europa, assim como prémios nacionais e internacionais. Com inspiração no Minho e no seu Vale do Neiva, levam a palco teatro feito na aldeia, acreditando que este trabalho comunitário manterá viva a identidade desta, enquanto espaço de criação, numa luta contra o desaparecimento do mundo rural, da festa feita nas terras pelas gentes que contavam apaixonadamente as suas crenças, tradições e costumes, de uma certa ideia de progresso que não serve homens nem comunidades.
Fundado em 2007, o Teatro de Balugas conta com mais de 20 criações teatrais levadas a palco, com textos originais seus.
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