Promotor
Câmara Municipal de Setúbal
Breve Introdução
'Os Poetas do Povo' têm como objetivo fomentar o prazer pela leitura de poesia e de criar no público o hábito de não só frequentar, mas também o de participar e interagir tornando os Poetas do Povo num evento informal, inovador e também palco para experimentação.
Nestas sessões de poesia três convidados declamadores, actores, poetas, performers ou outras personalidades ligadas à Poesia, de acordo com a temática de cada sessão, declamam poemas, textos em prosa ou ainda reflexões pessoais, fazendo por vezes leituras encenadas ou performances a partir dos textos escolhidos. Há sempre um Mestre de Cerimónias ou anfitrião que introduz o tema escolhido, apresenta os convidados e conduz toda a sessão.
Na lógica do cruzamento da palavra dita com outras disciplinas artísticas, em cada sessão há também um músico convidado que, de acordo com um plano previamente definido, ilustra musicalmente as leituras dos textos e poemas, sendo estes os verdadeiros protagonistas da noite. 'Os Poetas do Povo' são sessões de poesia num formato híbrido (música, declamação e performance) que, ocorreram no espaço POVO ao Cais do Sodré, desde Fevereiro de 2013 e com periodicidade semanal.
As “tertúlias” dos Poetas do Povo no rooftop -promovidas pela Associação A Palavra e com direção artística de Alexandre Cortez – têm a produção executiva da GHUDE.
Uma iniciativa da Câmara Municipal de Setúbal/ Fórum Municipal Luísa Todi Cofinanciamento: Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses
Apoio: Restaurante Sem Horas, Setúbal
Sinopse
#1 - A Poesia das Revoluções - 07 Julho | Domingo | 18:00
Nuno Miguel Guedes (jornalista e letrista) | Luís Bastos (saxofone) | José Anjos (Poeta, performer) | Cleo Diára (actriz)
A liberdade, a luta contra as injustiças sociais, o despotismo, as ditaduras, sempre foram inspiração para a palavra poética, escrita pelos que estão, pelos que chegam, pelos que partem. A poesia nunca deixou de olhar para o mundo, para as suas transformações, para as suas desigualdades. São esses olhares, tão diversos e tão únicos, tão actuais e tão intemporais que os Poetas do Povo querem partilhar e o encontro da palavra e da poesia musical que praticam é uma das mil probabilidades de banda sonora que a liberdade nos permite.
#2 Poetas do Sado - 25 Agosto | Domingo | 18:00
Nuno Miguel Guedes (jornalista e letrista) | Alexandre Cortez (baixo, tenori-on e efeitos) | Fernando Pinto do Amaral (poeta) | Carla Bolito (actriz)
Todas as cidades, todos os lugares são possibilidades de Poesia. Todas as cidades, todos os lugares são possibilidades de Poetas. Assim com Setúbal. Fica por esclarecer o mistério da influência doce do rio Sado, ou uma espécie de magia local. Talvez não interesse. Talvez que, mesmo quando os poetas fogem da sua origem na sua poesia, nunca verdadeiramente saiam de onde nasceram ou viveram.
Os Poetas do Povo vêm, num misto de música e palavra, celebrar esse mistério. E estes nomes poéticos à beira-Sado: Vasco Mouzinho de Quebedo, Manuel Barbosa du Bocage, Sebastião da Gama, Luiz Pacheco e José Afonso. É também uma celebração da diversidade da poesia, que pode ir da contemplação pastoral à subversão ou a declarações de amores.
#3 A Poesia Não é Para Rir
01 Setembro | Domingo | 18:00
Nuno Miguel Guedes (jornalista e letrista) | Giulia Cat (auto-harpa) | Maria Giulia Pinheiro (poeta, dramaturga) | Miguel Sopas (actor)
Será que não se pode rir da poesia? Será que é um caso sério?
A Poesia foi sempre uma arma para usar com sarcasmo e ironia, e se os poetas e o humor andaram sempre de mãos dadas, a poesia, por vezes, é tão séria que nos deixa com um sorriso nos lábios. Ou como diria o famoso comediante brasileiro Chico Anysio: “O humor é irmão da poesia, o humor é quem denuncia, eu não tenho possibilidade de consertar nada, mas eu tenho a obrigação de denunciar tudo, o humor é tudo, até engraçado.
Nesta noite dessacraliza-se os poetas e a poesia através do riso. Que também é poético.
#4 Horto de Incêndio, a poesia de Al Berto
06 Outubro | Domingo | 18:00
Nuno Miguel Guedes (jornalista e letrista) | Filipe Valentim (teclados)
Paula Cortes (poeta, declamadora) | Pedro d'Orey (artista, performer)
Al Berto é o depositário poético de todas as utopias do seu tempo: artista, revolucionário, doce marginal, boémio lírico que transpunha a vida para os versos. E tanto, muito mais que nos deixou para o conhecer através do seu legado. Horto de Incêndio, é o título de uma colectânea que integra alguns dos poemas que escreveu para o espectáculo “Filhos de Rimbaud” que aconteceu uns meses antes da sua morte. Uma obra ímpar e inquietante que nos transmite, por vezes com alguma violência, as angústias, perdas e solidões de um grande poeta do séc. XX. Um fim de tarde para celebrar a poesia de Al Berto, um anjo mudo sempre presente.